sexta-feira, 18 de outubro de 2019

"AGUERÉZINHO – O Festejo dos Contos"

Por Guilherme Vedica e Renato Sassone

Crianças e familiares lotaram o Museu da Abolição, em Recife, no dia das crianças. (Foto: Dani Ferreira)

Aconteceu neste dia 12 de outubro, no Museu da Abolição, em Recife, Pernambuco, a segunda edição de "Aguerézinho – O Festejo dos Contos", evento idealizado e realizado pela contadora de histórias e empreendedora social Kemla Baptista.

A tarde foi repleta de atividades gratuitas e lúdicas para festejar a infância, os mitos e convivências afro-brasileiras. Entre as oficinas oferecidas havia pinturas corporais africanas, amarração de turbantes, tranças, yoga, capoeira e o “Pé de Livros”, um espaço de leitura e compartilhamento de histórias, além de apresentações musicais do “Boi da Mata” e do “Encantinho do Pina”.

O Boi da Mata é um Coletivo Artístico Ecopedagógico que nasceu no bairro da UR-7 (Várzea) no ano de 2010. (Foto: Dani Ferreira)
O Encantinho do Pina foi fundado em 2013 como baque mirim da Nação do Maracatu Encanto do Pina. (Foto: Dani Ferreira)

Segundo a organização do evento, a proposta é fazer um convite para que as famílias repensem a ótica eurocêntrica da infância e invertam a lógica consumista dominante trocando o shopping pelo jardim, a excessiva compra de brinquedos pelo compartilhamento de afeto, o celular por um livro e por uma boa história. No jardim, as crianças brincam, aprendem, ouvem histórias e mostram que são agentes criadores de arte.

O Aguerézinho deste ano fez reverências à presença feminina nas tradições orais afro-brasileiras e na literatura infantil por meio do tema: ESTÓRIAS NO COLO DAS IYABÁS. Na arena, as histórias do livro "Omo Oba: Histórias de Princesas", escrito por Kiusam de Oliveira, encantaram as crianças e suas famílias. A própria Kiusam esteve presente no evento narrando, ao lado de Kemla Baptista, as histórias míticas recontadas no livro.

“Por meio das atividades, debatemos como os saberes, o legado e as vivências femininas são importantes na educação das crianças. Pernambuco é um estado com altas taxas de feminicídio e essa também será uma forma de ensinar meninas a se empoderarem como futuras mulheres e meninos a respeitarem desde cedo, a terem uma relação amorosa, no sentido fraternal, com a mulher”, explica Kemla Baptista.

Kemla Baptista, idealizadora do Aguerézinho, também comanda o projeto Caçando Estórias. (Foto: Dani Ferreira)

O evento teve a ambientação do jardim assinada por Leopoldo Nóbrega, artista responsável pelo Galo da Madrugada 2019. O Coletivo Avuá garantiu o acesso da pessoa surda a todas as atividades, pois disponibilizou tradutores em Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Houve ainda a mobilização de voluntários que colaboraram ativamente na realização das vivências com as crianças no jardim do museu. "O projeto acredita no poder transformador da autoestima, respeito a diversidade, afeto e confiança. Isto se expressa nas vivências criativas do evento", afirma Kemla Baptista.





 A oficina “Pé de Livros” disponibilizou diversos livros e ofereceu mediação de leitura aos participantes. (Foto: Dani Ferreira)




















“Eu estive lá e fiquei animada com a potência do evento. Acredito muito em iniciativas que devolvem a cidade e o espaço público para as pessoas. As crianças, principalmente, devem ocupar todos esses espaços de compartilhamento e troca. Vivências como essa aproximam pessoas, ampliam horizontes. Tenho muita admiração pelo trabalho desenvolvido pela Kemla e meu desejo é tê-la sempre como parceira. Nosso contato se deu primeiramente por meio do “Caçando Estórias” há alguns anos, projeto que hoje conta com um canal no Youtube que eu super recomendo”, disse Luana Vignon, editora da Miole Mole, sobre sua experiência no evento.

Luana Vignon, editora da Miolo Mole. (Foto: Divulgação)
“A editora Miolo Mole, especializada em literatura infantil, está nascendo e é lindo nascer ao lado de pessoas que pensam a infância de forma grandiosa, sem limitações, sem subestimar suas potencialidades, construindo pontes entre a ancestralidade, o presente e o futuro”, completou Luana. Também apoiaram o evento as editoras: Jujuba, Pallas e Arole Cultural.

Conheça mais sobre o projeto Caçando Estórias, a Editora Miolo Mole e a Eureka Digital, uma plataforma de conteúdo educacional com acesso gratuito a sua biblioteca que traz, entre diversos temas, materiais de estudos a respeito da cultura afro-brasileira, tanto para alunos como para educadores.


Links:
Caçando Estórias:
Instagram: @cacandoestorias
Miolo Mole:
Instagram: @editoramiolomole
Eureka Digital:
Instagram: @eurekadigitalapp

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Declaração dos Direitos da Criança Leitora (e algumas disposições sobre as crianças e a literatura)


Artigo 1. Nós, crianças, não somos adultos pequenos. Nessa medida somos diferentes em nossos gestos, preferências e, certamente, em nossas leituras.

Artigo 2. Nós crianças não somos nem ternos, nem limpos, nem organizados, e nem “ajuizados”, nem “eternamente alegres”, todas essas coisas são invenções dos adultos. Nós crianças, somos seres humanos, e igualmente, vivenciamos todos os tipos de problemas.

Artigo 3. Nós, crianças, sabemos que as coisas acabam, que nem toda gente é feliz, que há muitos que sofrem, enfim, que o mundo não termina nos sorvetes e nos jogos de bolas e bonecas.

Artigo 4. Nós, crianças, não somos estúpidos. E discordamos daqueles que nos tratam como incapazes. Daí exigirmos da parte dos adultos uma linguagem normal, sem diminutivos ridículos e sem frases de efeito.
Parágrafo: Da mesma forma ficam proibidos eufemismos e as denominações indiretas para nossos órgãos sexuais ou necessidades fisiológicas.

Artigo 5. Nós crianças consideramos uma violência à nossa imaginação querer nos mostrar um mundo ou uma realidade cor de rosa, de belezas falsas e despojada de todo tipo de contradições.

Artigo 6. Nós, crianças, não somos “palhaços" para os adultos. E nos negamos a ser animadores de reuniões familiares. Por isso mesmo renunciamos a condição de objeto de exposição.
Parágrafo: É uma ofensa grave para nós e para literatura ter que recitar diante das visitas.

Artigo 7. Nós, crianças, temos o direito de ver o mundo em tamanho natural; e nem sempre em miniatura.

Artigo 8. Nós, crianças, denunciamos a zoologia da fábula imposta pelos adultos, como único caminho para nos explicar as coisas.

Artigo 9. Nós, crianças, exigimos nos livros preferencialmente feitos para nós, imagens menos óbvias e menos bobas. Não queremos em nossos livros ilustrações supérfluas.
Parágrafo: É mentira que dos livros só as imagens nos interessam.

Artigo 10. Nós, crianças, consideramos que os bons somente bons e os maus somente maus só existem na cabeça dos escritores adultos.

Artigo 11. Nós, crianças, pensamos que as lições de moral e os finais felizes são os finais mais chatos e menos emocionantes.



Artigo 12. Nós, crianças, lemos com todo nosso corpo, não só com nossos olhos. Por isso consideramos um desrespeito à nossa intimidade sermos obrigados a ler sentados ou em pé.

Artigo 13. A nós, crianças, encanta-nos a ação e o movimento. Gostamos do que salta e pula, e do que sonha e brilha. Se tem um livro que nos atrai é aquele que pode fazer parte de nossas brincadeiras.
Parágrafo: Somos fantásticos, mas por excesso de realismo.

Artigo 14. Nós crianças temos o direito de começar e abandonar a leitura de um livro, por e em qualquer parte.

Artigo 15. Nós crianças também temos corpo. Nos excitamos, nos acariciamos e desfrutamos nosso corpo como qualquer diversão. Por isso detestamos os livros que escondem nossos órgãos ou nossas partes mais sensuais.

Artigo 16. Nós crianças gostamos de terror, dos monstros e das sombras, amamos o insignificante e o inútil. Não cansamos com facilidade nem temos sono às primeiras horas da noite. Somos tanto imprevisíveis quanto inesgotáveis.

Artigo 17. Nós, crianças, lemos de muitas maneiras e vários tipos de livros. A televisão, por exemplo, é um desses. Nós crianças somos multileitores e tal qualidade deve ser respeitada pelos adultos.

Artigo 18. A curiosidade das crianças é um direito que deve ser respeitado pelos adultos. As respostas pela metade, incompletas, são faltas graves contidas nesta Declaração de Direitos da Criança Leitora.

Artigo 19. Nós crianças nos recusamos a ser a ilusão perdida dos adultos ou a nostalgia de nossos pais. Nós crianças não podemos ser sentimentais.
Parágrafo: Não podemos ser o que nossos pais não foram ou não conseguiram ser.

Artigo 20. Nós, crianças, gostamos de encontrar nos livros que lemos palavras raras, desconhecidas, sonoras, misteriosas. Por isso mesmo são ofensas para nós os "glossários" e "vocabulários" postos ao final ou abaixo dos textos. Declaramos que nós, crianças, não somos retardados ou incapazes de entender a língua. Os "Dicionários para crianças" não têm valor para nós.

Artigo 21. As crianças, como a grande literatura tem mostrado, são obscenas, cruéis e zombeteiras mesmo que os adultos neguem.
Parágrafo: É proibido referir-se a nós com adjetivos culposos.

Artigo 22. Não há temas para crianças. A fantasia e a imaginação não têm castas e etapas.

Artigo 23. A nós, crianças, não deve ser permitido abandonar a infância quando queremos. O maior crime dos adultos é não nos permitir crescer.
Parágrafo: Da mesma maneira é um crime e uma obstinação dos pais e familiares que nós sejamos crianças toda vida.

Artigo 24. Qualquer generalização que se faça sobre a infância é um engano. Nós, crianças, não passamos por uma "idade" que se chama infância. A infância não é uma idade.

Fonte: Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil - Suplemento Publicado pelo CERLALC (Centro Regional para o Fomento del Libro em América Latina y Caribe) no Boletim EL LIBRO.
Autor: Femando Vásquez Rodriguez.(Declaração apresentada na área de "Lectoescritura" Mestrado em Educação. Santa Fé de Bogotá, agosto 27 de 1993)
Tradução: Beatriz Dusf e Iraides Coelho.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Quando começar a ler para o seu bebê?

Está em dúvida sobre qual é o momento ideal para começar a ler para o seu bebê?
A resposta é: imediatamente.
leia mais sobre esse tema na página Beabá no Let's Family: http://www.letsfamily.com.br/go/Blog/3791332/Quando-comecar-a-ler-para-o-seu-bebe.html

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A importância da leitura na primeira infância

Muita gente se assusta quando ouve falar em leitura para bebês. Tudo bem, pois essa é uma prática relativamente recente que surgiu em 2002, quando a coordenadora pedagógica Cláudia Leão propôs uma atividade de leitura no berçário onde trabalhava. A proposta foi recebida com certo ceticismo; contudo, cinco anos mais tarde o Projeto Leitura no Berçário foi reconhecido e premiado pelo Programa Nacional de Incentivo à Leitura (Proler).
A experiência com a literatura na primeira infância cria por si só a consciência de que a palavra escrita é diferente da palavra falada e que nos livros o texto ganha sonoridade e ritmo. Isso faz com que o interesse pela leitura seja natural e não imposto pela escola, o que já sabemos não funcionar muito bem.
Embora os bebês não tenham capacidade de compreender plenamente a história, o ato da leitura compartilhada insere o livro no cotidiano lúdico da criança, além de estreitar os laços com os familiares que fazem a mediação.
É interessante que o bebê possa interagir com o livro, para esse caso são indicados aqueles feitos de pano, feltro ou plástico flexível. Vale morder, babar e dormir abraçadinho, o importante é estabelecer um laço afetivo com a leitura.

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Não há dúvida, desde bem pequenininhos os bebês observam e imitam o comportamento dos pais. Não é a toa que crianças leitoras costumam ter pais amantes da leitura.




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esse artigo foi publicado originalmente no site LetsFamily: http://www.letsfamily.com.br/go/Blog/3751533/A-importancia-da-leitura-na-primeira-infancia.html

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Todo anjo é terrível



“A mulher tem um ar apagado, está cansada talvez, nesta casa onde nesta tarde de um domingo de fim de verão abre as janelas em busca de ar fresco. (...) Usa camiseta curta, apertada, e calças de cintura baixa, com o ventre batido e o umbigo à mostra, como uma garota, embora tenha a pele um pouco gasta, o rosto de quem fuma bastante, e se note que tomou muito sol.”

Assim descreveu María Teresa Andruetto, a mãe de uma menina cuja família vive uma desestruturação causada pela presença do irmão, portador de síndrome de down. Trata-se de um trecho do livro A menina, o coração e a casa. Trata-se da escuridão resgatada do grosso manto de luz com que cobriram a infância e a juventude. (...)

Continua aqui.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Miolomolices :: Luana Vignon

eu, aos 5 anos
Aprendi a ler aos 5 anos de idade. Minha avó, Maria de Lourdes, ensinou-me a decodificar e a valorizar a palavra escrita, a ler e falar corretamente, respeitando a nossa língua, tão bela. Lembro-me de pedir repetidas vezes para que ela lesse os contos de fadas para mim, as palavras me encantavam e sua voz era tão doce que imitava um abraço.
Logo quis eu mesma ler sozinha, desconfiava que os adultos omitissem partes importantes da história ou mudassem uma ou outra intenção. Ler para mim mesma foi um ato de independência, embora ainda fosse muito agradável ouvir as histórias através da acalentadora voz de minha querida avó.
Não tardou para que eu passasse a escrever minhas próprias histórias. Meu vocabulário crescia na mesma medida em que cresciam minhas pernas. Em pouco tempo eram longas as minhas caminhadas pela literatura, como criadora e como criatura.

Sesc Belenzinho

Nesse domingo (22) o Projeto Miolo Mole estará oferecendo uma oficina aberta no espaço de leitura do Sesc Belenzinho. Esses são alguns dos livros selecionados:
Como Viver Para Sempre - Colin Thompson
Cosac Naify


Os Lobos Dentro das Paredes - Neil Gaiman
Rocco Jovens Leitores

O Inimigo - Davide Cali e Serge Bloch
Cosac Naify


O Patinho Realmente Feio e Outras Histórias Malucas - Jon Scieszka e Lane Smith
Companhia das Letrinhas


quarta-feira, 28 de março de 2012

Os lobos dentro das paredes

De cara parece um pouco assustador. E não poderia deixar de ser, uma vez que foi escrito por Neil Gaiman e ilustrado por Dave McKean. Eu arriscaria dizer que se trata de um “thriller” para crianças espertas. Com ação, mistério, jogos psicológicos e certo non sense que desafia a capacidade de (re)interpretação do leitor.

domingo, 11 de março de 2012

Miolomolices :: Patti Smith

a pequena poeta
"Meu amor pelas orações foi aos poucos se equiparando ao meu amor pelos livros. Eu me sentava aos pés da minha mãe, vendo-a beber seu café e fumar seu cigarro, com um livro no colo. Ela ficava tão absorta que aquilo me intrigava. Ainda antes do jardim de infância, eu gostava de ler os livros dela, sentir o papel e erguer a folha que cobria as estampas dos frontispícios. Eu queria saber o que havia ali, o que capturava sua atenção tão profundamente. Quando minha mãe descobriu que eu havia escondido seu exemplar carmesim do Livro dos mártires, de Foxe, embaixo do travesseiro, na esperança de absorver seu significado, ela me fez sentar e começou o trabalhoso processo de me ensinar a ler. Com grande esforço fomos de Mamãe ganso até o Doutor Seuss. Quando avancei e não precisava mais de instruções, permitiram que eu me juntasse a ela em nosso sofá ultraestofado, ela lendo As sandálias do pescador e eu Os sapatos vermelhos.
Eu era absolutamente fascinada pelos livros. Queria ler todos, e as coisas sobre as quais eu lia criavam novos anseios. Talvez fosse à África oferecer meus serviços a Albert Schweitzer ou, com meu chapéu de guaxinim e chifre de pólvora, defender as pessoas, como Davy Crockett. Eu poderia escalar os Himalaias e viver em uma caverna girando uma roda de preces, mantendo a Terra girando. Mas a necessidade de me expressar era meu desejo mais intenso, e meus irmãos foram os primeiros cúmplices conspiradores nas lavras da minha imaginação. Eles ouviam atentamente as minhas histórias, participavam de bom grado das minhas peças e combatiam bravamente em minhas guerras. Com eles do meu lado, qualquer coisa parecia possível."

Patti Smith, em só garotos
Cia das Letras, 2010
Tradução: Alexandre Barbosa de Souza
pp. 15 - 16

(Patti Smith nasceu em 1946, em Chicago. Seu disco Horses (1975), é considerado o precursor do punk. Também publicou livros de poesia, como Babel e Auguries of Innocence.)

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Miolomolices é um espaço livre para a publicação de relatos - de famosos e anônimos - que envolvam experiências de leitura.
Para colaborar basta enviar um e-mail para projetomiolomole@gmail.com

quinta-feira, 1 de março de 2012

O inimigo

Ontem topei com um livro na Biblioteca de Ciências Mário Schenberg. De cara impressionei-me com o projeto gráfico e as ilustrações. Fiquei entre as estantes separando o montinho de onde sairiam os livros para a próxima oficina Miolo Mole*. Conforme a leitura fluía fui sentindo aquela sensação rara de ter encontrado um pote gigantesco de ouro no meio de uma multidão de cegos. Assim que terminei permaneci daquele jeito imóvel e absorto por alguns minutos, daquele jeito que a gente fica quando percebe que algo irreversível acabou de acontecer.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Miolo Mole na Vila

Esse é o Daniel, ele foi um dos participantes da Oficina Miolo Mole na Livraria da Vila no dia 30/01
Para ver mais fotos basta curtir nossa fan page no facebook:

Dica de leitura

Telefone sem fio
Autores: Ilan Brenman e Renato Moriconi (ilustrador)
Editora: Companhia das Letrinhas

Leia na Revista Emília a resenha do livro "Telefone sem Fio" e muitas outras.
Acesse o site:
http://www.revistaemilia.com.br/mostra.php?id=125

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Férias na Vila


A Livraria da Vila está promovendo as Férias na Vila, com uma programação diária voltada para as crianças. Dias 30 e 31 é a vez do Projeto Miolo Mole nas unidades Fradique Coutinho e Cidade Jardim, sempre às 16h.

Selma

Seguindo o sábio conselho de José Saramago: "E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos?Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?"
Selma é um livro para ser lido e sentido por todos.
“Selma, o livro, é tão essencial que passa a sensação que precisamos dele constantemente ao alcance das mãos, para nos relembrar o que é isto aqui que estamos sentindo neste momento e que é particular de cada um. Vivemos em uma corrente contrária da Selma, o essencial fica perdido e tudo se torna uma questão de oportunidade e necessidade além da natureza humana. Selma é um ser que vive no estado das não necessidades, com atos simples ele preenche o seu dia, deveríamos ler Selma ao dormir e ao acordar também como parte de nossa rotina, muito próximo ao ato de conversar com D. Maria”. (Vicente de Mello, no blog da editora Cosac Naify)
Veja aqui uma linda animação do livro.

Autor: Jutta Bauer
Ilustração: Jutta Bauer
Tradução: Marcus Mazzari
Editora Cosac Naify

PRÊMIOS FNLIJ
Em: 2008
Categoria: Altamente recomendável tradução ou adaptação criança

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Morre em BH o escritor Bartolomeu Campos de Queirós

Morreu em Belo Horizonte, aos 66 anos, o escritor Bartolomeu Campos de Queirós, vítima de insuficiência renal. O mineiro estava internado no Hospital Felício Rocho.
Bartolomeu Campos de Queirós é autor de vários livros infanto-juvenis e peças teatrais. Seu primeiro romance, O peixe e o pássaro, foi publicado em 1974.
Em sua carreira, lançou mais de 40 livros, como O Piolho,Por Parte de Pai e Trocando Gato por lebre ou menino por vaca.
Queirós ganhou um Prêmio Jabuti, um dos mais importantes da literatura brasileira, além do Selo de Ouro, da Fundação Nacional do Livro Infanto-Juvenil, o Diploma de Honra da IBBY, de Londres, e Premio Rosa Blanca, em Cuba.  
Assista a seguir ao vídeo "Manifesto por um Brasil Literário" com apresentação do escritor Bartolomeu Campos de Queirós:
http://www.youtube.com/watch?v=6vVfeTrSYM8

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Estudo mostra a importância da narrativa oral no desenvolvimento cognitivo das crianças

Em estudo apresentado na USP, linguista defende a teoria e sugere a inclusão do tema no currículo da educação infantil
Clique aqui para ler a matéria.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Até as princesas soltam pum


Título: Até as princesas soltam pum
Autor: Ilan Brenman
Ilustrações Ionit Zilberman
Editora: Brinque Book

Toda garota gosta de princesas, mas tem uma coisa que quase nenhuma garota sabe. Que as princesas são na verdade gente tão igualzinha a gente que até pum elas soltam, e pior: nas horas mais impróprias.
A Cinderela, por exemplo, saiu correndo e deixou o príncipe sozinho no meio do salão por quê? Porque ela ficou morrendo de vontade de soltar um pum daqueles!

E a Branca de Neve? Era uma comilona e vivia tendo sérios problemas gastrointestinais. Pobrezinha... o fedor era tão forte que ela desmaiou com o próprio cheiro, os anões muito espertos colocaram seu corpo dentro de uma caixa de vidro para ninguém mais sentir. Sorte que o príncipe que passava por ali vivia com o nariz entupido e conseguiu reanimar a coitadinha.
Como eu sei tudo isso? Ora, ora... é porque nesse livro o pai de uma garotinha muito curiosa nos revela O livro secreto das princesas. Onde estão os segredos mais secretíssimos de todos os tempos.
Ficaram curiosos? Então corram para ler esse livro e descobrir os segredos mais fedidos e nojentos das princesas. Argh!
Esse livro foi lido durante a Oficina Miolo Mole na Livraria Panapaná, se você se interessa por leitura, participe de uma das nossas oficinas:
Para adquirir o livro sem sair de casa, acesse o site da Livraria Panapaná e divirta-se!